terça-feira, 31 de maio de 2016

Era uma vez - chapter 6

O menino tinha combinado com ela que na semana seguinte se voltariam a encontrar.

Estávamos em outubro de 2001.
Ligaram todos os dias da semana um para o outro.
Ele perguntou-lhe .... Queres vir passar o fim‑de‑semana comigo ao sítio onde trabalho?

Ela disse ... Gostava.
Gostava muito. Mas não sei como dizia aos meus pais.
E, se dissesses que ficas em casa de uma amiga. Combinaram eles...

Eu vou-te buscar a casa dela.

Ok.

Passearemos pelas lindas paisagens do Minho. 
Conheceremos novos mundos.
Iremos ao monte de Santa Luzia.

Ela acedeu.

Lá estava ele a hora combinada em casa da amiga dela para a ir buscar.
Fizeram-se a estrada.
Aproveitaram a viagem para falar.

Só a viagem já tinha sido uma experiência fantástica.
Só a viagem já tinha valido a pena...

Chegaram lá no sábado ao meio dia.

Foram almoçar a um restaurante fantástico. A comida. Ninguém se lembrava sequer da comida. O que sabia mesmo bem era olharem-se. Beijarem-se.
Passearam de mão dada.
Ali ninguém os conhecia.

Abraçavam-se na rua. Beijavam-se.

Correram o alto Minho todo.
Foram ao monte de Santa Luzia.

Chagada a primeira noite juntos.
Havia alguma tensão. 

Chegados ao hotel.
Ela fez logo questão de dizer que não queria fazer nada. Que ainda não se sentia preparada e que era muito cedo.
Ele, respeitador disse ... Está bem.

Vestiram os pijaminhas assim timidamente sem mostrarem o corpo.

E deitaram-se abracadinhos.
Ele, um pouco mais atrevido lá foi tacteando o corpo dela.
Ela lá foi afastando as mãos dele, mas acedendo aos seus beijos.

As línguas tocaram-se vezes sem conta.

Adormeceram abracadinhos.
Bem, na realidade ela adormeceu primeiro.
Ele ficou a observá-la.
A contemplar a sua beleza.
A ouvir o seu respirar.
Ele não queria adormecer.

Na realidade ele ficou ali horas infindáveis.
Só adormeceu por cansaço. Quando o os olhos começaram a fechar.

Foi bom, tão bom.

De manha tomaram o banho separadamente.
Plenos de respeito. Só namoravam há pouco tempo.

Ela disse pela primeira vez a palavra... Amo-te.

Ele sorriu. Respirou fundo e beijou-a correndo umas lágrimas na sua face.

Corriam lágrimas de felicidade.

Era um momento memorável.
Almoçaram ainda no norte. 

E voltaram a seguir a almoço a casa da amiga onde a deixou.

Ela ainda queria passar pela terra dela para ver os paiszinhos. Antes de ir para onde estagiava.

Tinha sido o primeiro fim de semana de amor.

Ele, romântico parou num sítio e comprou-lhe um ramo de rosas.
Ela adorou 

Beijaram-se uma última vez antes de se dirigirem para as suas casas.

Se foi bom ?
Maravilhoso 

Como dizia o poeta : tudo vale a pena se a alma não é pequena

Amo-te





Sem comentários:

Enviar um comentário